16 de agosto de 2010

Letras da MOENDA


Buenas indiada..
Na próxima sexta, começa a 24º edição da Moenda da Canção de Santo Antônio da Patrulha. E hoje eu começo a postar as letras das músicas que serão apresentadas nas 3 noites de festival em ordem de apresentação. Lembro a vocês que o festival vai ser transmitido AO VIVO pelo site da Moenda (mais pertinho coloco o link).
Começo o "Letras da Moenda" com: A Lembrança (Fabricio Marques e Cícero Camargo) e Do Avesso (João Corrêa). Todas as letras são disponibilizadas no site do Festival.

A LEMBRANÇA
Gênero/Ritmo básico: Milonga
Letra: Fabrício Marques (Pelotas - RS)
Música: Fabrício Marques e Cícero Camargo
Intérprete: Raineri Spohr (foto)

Será mesmo a lembrança
Algum tipo de tesouro?...
É certo que quase sempre
Vale mais que prata e ouro!...
Mas por que tanto valor,
Tanto amor ali guardado?...
Se pra ser lembrança, antes,
Tem que ter ou ser passado!

Também guardo muitas delas
— Momentos de alegria —
Pra dar vida e mais sentido
Quando bate a nostalgia
Muito embora entristecido
Pela ausência de carinho...
Por que é que só lembramos
Quando nos vemos sozinhos?

A lembrança é um refúgio
Nosso mais fiel amigo
Mas, por vezes mais amarga
E penosa que um castigo
É quem guarda nossa história
E nos conta se preciso
Escorrendo pela face
Quando lembra algum sorriso!

Mesmo assim ainda a cuido
E me entrego por inteiro...
Hoje é só mais um recuerdo
Porém, foi alma primeiro!...
Se é o legado que nos resta
Desde os tempos de criança,
Dou a vida por meus sonhos
Antes que virem lembranças!...

SÓ SE FOR AGORA
Gênero/Ritmo básico: Choro – Instrumental
Música: Yamandú Costa, Rafael Ferrari e Samuel Costa(Guaíba – RS)
Intérpretes: Bandolin: Rafael Ferrari - Gaita, Samuel Costa

DO AVESSO
Gênero/Ritmo básico: Galope/MPB
Letra e música: João Corrêa (Rio de Janeiro – RJ)
Intérprete: João Corrêa


A vida tá mesmo do avesso
Muita estória pra gente contar
Esperança muda de endereço
Oh! Danada pra viajar

Quando chove às avessas
Alagando o sertão
Ou nossa água lasca a seca
Qualquer um perde a razão
Eu não sei mais o que faço
Em qual hora vai parar
Oh! "vidinha" de embaraço
É pedreira pra quebrar


Quando matam a minha fome
É esmola pra agradar
Eu queria é ter certeza
Minhas mãos pra trabalhar
Eu não sei mais o que faço
Não nasci para roubar
Mas aquele tal ricaço
Rouba sem pestanejar


Peixe que voa, na beira do rio
Pedra que cai, parece no cio
A cara do mundo é de arrepio
Fora do lugar! Bala perdida, morte certeira
Ciranda do povo é na fogueira
Nossa cultura, grande besteira
Fora do lugar!


Quando o mal se alastra em lama
Alguém sempre quer nadar
Se o bem vem clareando
A luz forte faz cegar
Eu não sei mais o que faço
Tenho medo de ser bom
Se o mal rege o compasso
Ele acaba dando o tom


Quando um homem vira preço
É bem-vindo pelo que tem
Uma chance, um começo
Simplesmente ser alguém
Eu não sei mais o faço
O meu choro é meu perdão
Dentro de um peito de aço
Ainda bate um coração


Volte esperança, não nos abandone!
Não viaje tanto, não fique longe
Nós precisamos da senhora, esperança
Não nos deixe, por favor!
O mais rápido possível, volte, volte,
volte...

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