17 de agosto de 2010
Letras da Moenda 2
Seguindo o nosso "Letras da Moenda" posto pra vocês as letras de Duca Duarte (Em Paz), Martim César (As Moças do Tempo) e Luciane Lopes (O Espelho Invertido).
EM PAZ
Gênero/Ritmo básico: Canção
Letra e Música : Duca Duarte (Porto Alegre – RS)
Intérprete: Pirisca Grecco
Quero andar em paz
Respirando todo gosto de outono
Que esse vento traz
Quero andar em paz!
Quero andar em paz
Retirando do caminho as pedras
Vou deixando as perdas que ficam pra trás
Quero andar em paz!
E vou andar bem mais
Bem mais do que me foi previsto
A estrada é longa, mas eu não desisto
A conquista é fruto do que a gente faz
Quero andar em paz
E a cada passo refazer o chão
Pra demonstrar minha convicção
por toda vida quero andar em paz!
AS MOÇAS DO TEMPO
Gênero/Ritmo básico: Toada
Letra: Martim César (Jaguarão – RS)
Música: João Bosco Ayala (foto) (Guaíba – RS)
Intérprete: Vinícius Brum
A primeira que pousou na antena
Trouxe em suas asas a notícia do verão
Depois a outra, repetindo a cena
Confirmou a vinda da nova estação
Depois o bando, pousando nas linhas
Cifrou um poema que copiou do vento
E pareciam musas — essas andorinhas —
Anunciando, assim, o demudar do tempo
Mas como saberiam se não eram naves
Tampouco satélites singrando o céu?
Se — olhando assim — eram tão só aves
Pequeninos pontos escritos num papel?
Talvez recordassem, revoando as casas
Um tempo distante, muito mais além
Quando todos os seres ostentavam asas
Que, sendo de sonhos, voavam também
Cá embaixo homens, neste outro extremo
Dos fios das antenas, num viver virtual
Esperam o anúncio num visor pequeno
Da nova estação, em caixas de metal
Cada vez mais longe essa humanidade
Do idioma simples das coisas naturais
Quanto mais concreto, menos liberdade
Tem-se quase tudo... só não se tem paz!
O ESPELHO INVERTIDO
Gênero/Ritmo básico: Samba
Letra: Luciane Lopes (Mirassol – SP)
Música: Mauro Araújo (Porto Alegre – RS)
Intérprete: Marco Araújo
Sobre o que falam poetas
Nas mesas dos bares
Nos becos e arredores
De outros ouvidos
Gemem baixinho ilusões, compromissos
Ditam perdões e canções sem sentido
Insensatos, narram fatos pelas mãos
Sobre o que mentem poetas
Por linhas tardias
Dentro das bocas macias
Desenhadas sobre o papel
Em guardanapos retratos, histórias
Memórias de amor e desejo
O espelho invertido no tempo, desilusão
E a esmo pedem esmola
Esfolam gargantas e morrem
Em mais uma noite vivida sem medo
Amam e sabem demais os poetas
Sofrem as dores do mundo
Sementes ao vento, coração vagabundo
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